Em 2021, o Brasil enfrentou uma crise hídrica das mais severas, que levou ao aumento das contas de luz e ao risco de racionamento de energia elétrica. No entanto, dois anos depois, os reservatórios das hidrelétricas estão cheios, mas as tarifas das distribuidoras de energia continuam elevadas por conta dos impactos da crise. Esse cenário pode mudar, graças às discussões em andamento no Tribunal de Contas da União (TCU) e na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).

O impacto financeiro nos consumidores vem principalmente do leilão de emergência de outubro de 2021, que contratou 17 usinas para garantir o abastecimento de energia elétrica caso não chovesse, a um custo total de R$ 39 bilhões. Porém, esse leilão virou um imbróglio que está sendo negociado pelo TCU. Somente sete termelétricas entraram em operação até a data-limite, com um impacto de R$ 8,2 bilhões até 2025 a ser rateado pelos consumidores através do Encargo de Reserva. As demais usinas (10) descumpriram o prazo de início de operação e representam os outros R$ 30,8.

O impacto financeiro nos consumidores:

Os consumidores pagarão pelo menos R$ 23 bilhões nas contas de luz até 2025 por conta dos impactos da crise hídrica e da pandemia , incluindo aí os empréstimos tomados em 2020 e 2021 para enfrentamento da Covid-19 (REN 885/2020) e o leilão de emergência de outubro de 2021.

O leilão controverso

O leilão de emergência de outubro de 2021 contratou 17 usinas a um custo total de R$ 39 bilhões, que deveriam entrar em operação em maio de 2022. Esse leilão virou um imbróglio que está sendo negociado pelo TCU.

Somente sete termelétricas entraram até a data-limite, com um impacto de R$ 8,2 bilhões até 2025 para os consumidores.

A necessidade de aumentar os conhecimentos sobre mudanças climáticas

A crise hídrica enfrentada pelo Brasil em 2021 mostrou a necessidade de aumentar os conhecimentos sobre mudanças climáticas e suas implicações na formação do preço da energia, já que a água é o principal insumo para a geração de energia no país. É fundamental entender se a seca de 2020-2021 é uma instância de um novo normal hídrico ou se foi apenas um azar pontual.

Mudanças na matriz elétrica estão avançando no país, podendo deixar menor a dependência  dos reservatórios. No entanto, medidas de mitigação e adaptação em diversos setores além da energia, como a agricultura, podem ser necessárias se o novo normal hídrico se confirmar.

Fontes: O Globo; Poder360; Poder360; gov.br

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