A pesquisa conduzida pela Frente Nacional de Consumidores de Energia apresenta dados que corroboram uma percepção já existente no setor energético: entre as grandes hidrelétricas do Brasil, o custo de geração da usina binacional de Itaipu se destaca como um peso significativo para os consumidores brasileiros.

Disparidade de tarifas entre hidrelétricas

No ano passado, a tarifa da energia produzida pela usina de Itaipu para as 31 distribuidoras obrigadas a adquiri-la atingiu o valor de R$ 294 por MWh (megawatt-hora), um montante consideravelmente superior às tarifas praticadas por outras grandes hidrelétricas comparáveis. Essa disparidade é evidenciada ao se observar que, em média, o MWh das demais hidrelétricas custou R$ 101,78, quase um terço do preço de Itaipu.

Em comparação com outras hidrelétricas, como Ilha Solteira e Xingó, Itaipu apresenta tarifas que chegam a ser o dobro e até cinco vezes mais elevadas, respectivamente. Esse cenário contrasta com a expectativa de que a tarifa de Itaipu fosse equivalente à de hidrelétricas mais antigas, como Furnas e Itaparica, cujos valores foram significativamente menores no ano passado.

Desafios para redução de custos

A análise revela que os custos operacionais de Itaipu são substancialmente superiores aos de outras grandes usinas privadas, sugerindo ineficiências na gestão e no uso dos recursos. A pressão por redução das tarifas, tanto por parte do governo paraguaio quanto pelo brasileiro, reflete a necessidade de equilibrar os custos da energia produzida por Itaipu com as demandas dos consumidores. No entanto, qualquer mudança significativa na tarifa depende de negociações bilaterais e implicações políticas complexas.

Fonte: Valor Econômico

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