Recentemente, a Câmara dos Deputados incorporou emendas ao Projeto de Lei nº 11.247 de 2018, e um cálculo realizado pela TR Soluções, uma empresa especializada em tecnologia voltada para tarifas de energia, aponta para possíveis impactos significativos nas tarifas de energia nos próximos anos.

Confira abaixo os resultados deste estudo, como os potenciais aumentos tarifários e os fatores que podem influenciar o cenário energético brasileiro.

Emendas e possíveis impactos nas tarifas

As emendas incorporadas ao projeto têm o potencial de gerar aumentos tarifários adicionais médios variando entre 2,29% e 8,78% nas tarifas de energia para consumidores residenciais.

Utilizando o Serviço para Estimativa de Tarifas de Energia (Sete) como base, o estudo aponta que, caso essas emendas sejam aprovadas, o impacto financeiro pode atingir cerca de R$ 35 bilhões anuais, com os custos adicionais projetados para iniciar a partir de 2027.

Projeções e novas necessidades de contratação

Os cálculos consideram a necessidade de contratação de 9.700 megawatts (MW) provenientes de novas usinas a partir de 2027, no formato de Energia de Reserva. Esse plano inclui mudanças no critério de preço do gás natural para usinas térmicas, projetos relacionados a hidrogênio, Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) e parques eólicos na região Sul.

A projeção também abrange a extensão do prazo de operação das usinas a carvão mineral, de 2029 para 2050, com custos adicionais estimados em R$ 7 bilhões por ano.

Mudanças no panorama tarifário e encargos futuros

O diretor de Regulação da TR Soluções, Helder Sousa, destaca que, se o PL for implementado, o principal encargo das tarifas deixará de ser a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE) em favor da EER a partir de 2029.

O principal encargo das tarifas deixará de ser a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fundo bancado pelos consumidores para políticas públicas, que, em 2023, terá um custo de 34,9 bilhões. Esse encargo passará a ser a EER a partir de 2029.

Fonte: Valor Econômico

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