O cenário climático brasileiro está prestes a passar por mudanças significativas nos próximos meses, impactando diretamente o setor de energia. O fenômeno El Niño, combinado com a estação de chuvas e a chegada do verão, promete influenciar a matriz energética e os preços de liquidação das diferenças (PLD).

Com base em estudos da Columbia University, o Itaú BBA elaborou um relatório que antecipa os possíveis desdobramentos dessas condições climáticas no mercado energético brasileiro.

El Niño e seus impactos previstos

O estudo aponta que existe uma probabilidade superior a 55% de um El Niño forte entre janeiro e março de 2024, com uma considerável chance de que o fenômeno seja historicamente forte entre novembro e janeiro. Esta previsão implica em um cenário de poucas chuvas nas regiões Norte e Nordeste, enquanto o Sul pode enfrentar índices acima da média histórica de precipitação.

Além disso, espera-se um aumento nas temperaturas, especialmente nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Embora ondas de calor extraordinárias não sejam previstas, a demanda por energia deve atingir níveis mais elevados do que o normal durante o verão.

Impactos no setor de energia

Com menos chuvas nas hidrelétricas do Norte, importantes para a oferta nos primeiros meses do ano, a geração de energia hidrelétrica pode ser afetada. Isso implica em um aumento no despacho térmico e maior volatilidade nos preços de energia, principalmente no mercado spot. As térmicas devem ser acionadas, especialmente durante a tarde, coincidindo com o aumento da demanda e a redução na geração solar.

Fonte: MegaWhat

Continue acompanhando o blog e fique por dentro das novidades do mercado elétrico!

Leia também: Bandeira Verde em Novembro: Consumidor brasileiro continua no melhor patamar econômico de tarifa