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11 de outubro, 2022
LEITURA DE 5MIN
Condições de suprimento de energia elétrica são avaliadas pelo CMSE
Condições de suprimento de energia elétrica são avaliados pelo CMSE
No dia 6 de outubro, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) reuniu-se para avaliar alguns assuntos, como as condições de suprimento eletroenergético ao Sistema Elétrico Brasileiro.
A conclusão foi de uma perspectiva positiva, visto que houve aumento das chuvas no país, conforme destacado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em setembro de 2022.
Em relação ao armazenamento, os subsistemas do Sistema Interligado Nacional (SIN) fecharam o mês de setembro com valores superiores aos do mesmo período em 2021, trazendo segurança no atendimento dos próximos meses.
A OMS também apontou que houve aumento dos recursos não só da geração hidrelétrica, mas também da eólica e solar, que aliado à política operativa adotada, elevou o armazenamento do SIN a cerca de 1,7% acima do previsto no estudo apresentado ao CMSE.
Atendimento garantido para os próximos meses
Dentro das previsões para os próximos meses, o ONS registrou que os estudos prospectivos, contemplando avaliações até março de 2023, indicam o pleno atendimento, tanto em termos de energia quanto de potência, para todo o período, em níveis de armazenamento superiores aos do último ano.
Também foi mencionado o início da operação do programa de Resposta da Demanda no dia 1 de outubro, levando o sistema a contar com recursos energéticos dos consumidores de energia elétrica para atendimento à ponta de carga.
Outros assuntos destacados
Entre as pautas, a Aneel apresentou avaliação acerca da operação das usinas vencedoras do Leilão nº 1/2019 para atendimento ao sistema de Boa Vista, em Roraima.
O tema permanece em acompanhamento pelas instituições do setor elétrico brasileiro, seguindo competências próprias, a fim de garantir o fornecimento de energia elétrica aos consumidores locais, com o melhor custo.
Além disso, foi destacada a publicação da Portaria Normativa MME nº 43/2022, que estabeleceu diretrizes para a exportação de energia elétrica em regime comercial para a República Argentina ou à República Oriental do Uruguai.
A exportação seria do excedente de geração de energia elétrica de usinas hidrelétricas disponíveis para atendimento ao SIN. A nova modalidade beneficiaria os titulares de usinas hidrelétricas e os consumidores do Ambiente de Contratação Regulada (ACR) através da venda dos excedentes.
Assim, seria possível um aprimoramento no processo de troca de energia entre os países, otimizando a economia e racionalidade do uso dos recursos naturais, além da disponibilidade energética.
Informações técnicas
- Condições hidrometeorológicas:
Em setembro, os maiores totais de precipitação ocorreram nas bacias dos rios Iguaçu, Paranapanema, Tietê e no trecho incremental à UHE Itaipu, que apresentaram valores superiores à média histórica.
Em relação à Energia Natural Afluente (ENA), foram verificados valores abaixo da média histórica em setembro em todos os subsistemas. Considerando a ENA agregada do Sistema Interligado Nacional (SIN), foi verificado valor de 81% da Média de Longo Termo (MLT).
Para outubro, e conforme estudos prospectivos apresentados na reunião, há a expectativa de valores de ENA para o SIN entre 79% e 96% da MLT, a depender do cenário considerado.
- Energia armazenada:
Ao final de setembro, foram verificados armazenamentos equivalentes de 51,1%, 83,1%, 66,1% e 75,3% nos subsistemas Sudeste/Centro-Oeste, Sul, Nordeste e Norte, respectivamente. Para o SIN o armazenamento foi de 57,2%.
A previsão para outubro nos subsistemas, conforme estudos prospectivos apresentados, é de 43,3%, 78,1%, 54,8% e 60,6% da EARmáx, considerando o cenário desfavorável. Já no cenário favorável tem-se previsão de 46,1%, 76,3%, 56,1% e 62,4% da EARmáx.
Para o SIN, a previsão varia entre 48,6% e 50,8% da EARmáx.
- Expansão da geração e transmissão:
A expansão verificada em setembro de 2022 foi de aproximadamente 1.387 MW de capacidade instalada de geração centralizada de energia elétrica, 244 km de linhas de transmissão e não houve expansão na capacidade de transformação.
Assim, em 2022, a expansão totalizou 5.109 MW de capacidade instalada de geração centralizada, 6.415 km de linhas de transmissão e 18.721 MVA de capacidade de transformação.
Sobre geração distribuída, a expansão verificada em 2022 foi de 5.053 MW, atingindo o total de aproximadamente 13,6 GW instalados no país.
O CMSE afirmou que, em competência legal, continuará monitorando as condições de abastecimento e o atendimento ao mercado de energia elétrica no país, adotando as medidas para a garantia do suprimento.
As definições finais sobre a reunião do CMSE, vem como as demais deliberações do Colegiado, serão consolidadas em ata devidamente aprovada por todos os participantes e divulgada conforme o regimento.
Fonte: gov.br
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