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02 de abril, 2025
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Crescimento recorde do consumo global de energia: desafios e oportunidades
A demanda por eletricidade em 2024 impulsiona a transição para fontes renováveis
O cenário energético mundial em 2024 está se transformando rapidamente, impulsionado por um aumento expressivo no consumo de eletricidade e uma significativa mudança na composição da matriz energética.
Segundo um relatório divulgado pela Agência Internacional de Energia (AIE), o consumo global de energia cresceu mais do que durante toda a década anterior, com um avanço de 2,2% em 2024 – quase o dobro da média dos dez anos anteriores, que foi de 1,3%. Dentre esses números, o consumo de eletricidade teve um salto impressionante de mais de 4%, o que corresponde a 1.100 terawatts-hora adicionais, uma quantidade equivalente ao consumo anual do Japão.
Causa
Esse aumento recorde na eletricidade destaca a crescente demanda por energia para atender às necessidades de refrigeração em meio a temperaturas recordes, ao mesmo tempo em que reflete a intensificação do uso de tecnologias emergentes, como a inteligência artificial, e a eletrificação dos transportes. O fenômeno também tem impulsionado as vendas de veículos elétricos, que cresceram mais de 25% em 2024, evidenciando a transformação do setor automotivo rumo a uma economia de baixo carbono.
Transição para fontes renováveis
Em uma mudança histórica, a participação do petróleo na matriz energética global caiu abaixo de 30%, um recuo significativo após atingir um pico de 46% há 50 anos. Esse declínio ressalta a transição para fontes renováveis, onde a energia proveniente de fontes como solar, eólica e nuclear passou a fornecer 80% da eletricidade adicional consumida em 2024. De forma inédita, essas fontes representam cerca de 40% da produção total de eletricidade mundial, sinalizando uma mudança estrutural e um redirecionamento dos investimentos energéticos globais.
Entre os combustíveis fósseis, o gás natural foi o que mais cresceu, com um acréscimo de 115 bilhões de metros cúbicos em 2024, comparado a uma média de 75 bilhões de metros cúbicos na década anterior. Essa elevação mostra a busca por alternativas que, mesmo dentro dos fósseis, apresentam menor impacto ambiental e contribuam para uma transição energética mais suave.
Desenvolvimento
O relatório também destaca que os países emergentes e em desenvolvimento foram responsáveis por 80% do aumento do consumo global, embora o crescimento na China tenha desacelerado, e os países desenvolvidos tenham registrado um aumento modesto de 1%. Esses dados evidenciam que a demanda por energia está se expandindo de forma desigual, impulsionada principalmente por nações que buscam acelerar seu desenvolvimento industrial e tecnológico.
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Fonte: O Globo
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