Recentemente, Brasil, Estados Unidos e Índia uniram forças para lançar a Aliança Global de Biocombustíveis (GBA), uma iniciativa ambiciosa com o objetivo de impulsionar a produção e utilização de biocombustíveis, especialmente o etanol, como uma alternativa mais limpa aos combustíveis fósseis no setor de transporte.

Esses três países, que estão entre os principais produtores de etanol do mundo, buscam liderar uma coalizão de nações e organizações para enfrentar os desafios globais de emissões de carbono.

A aliança global de biocombustíveis

A Aliança Global de Biocombustíveis (GBA) representa uma colaboração notável entre Brasil, Estados Unidos e Índia, três nações com uma presença significativa na produção de biocombustíveis.

Os Estados Unidos lideram o caminho, respondendo por 55% da produção global de etanol, graças ao seu etanol de milho. O Brasil ocupa a segunda posição, com uma fatia de 27% desse mercado, enquanto a Índia se encontra em quinto lugar, com uma participação de 3%.

O lançamento da GBA aconteceu discretamente durante a Cúpula do G-20, na Índia, e foi marcado por um ato simbólico, no qual o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, acendeu uma lâmpada para representar a formação da coalizão.

Participantes da cerimônia de lançamento

A cerimônia de lançamento da Aliança Global de Biocombustíveis contou com a presença de líderes globais, incluindo o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente dos Estados Unidos Joe Biden, e o presidente argentino Alberto Fernández.

Além desses líderes, primeiras-ministras, primeiros-ministros e representantes governamentais de várias nações participaram da cerimônia, simbolizando o compromisso internacional com a energia sustentável.

Vale ressaltar que Canadá e África do Sul, inicialmente previstos como membros fundadores, optaram por participar como observadores da aliança, abrindo espaço para futuras adesões.

Desafios e perspectivas futuras

Embora a Aliança Global de Biocombustíveis reúna um grupo impressionante de nações e organizações públicas e privadas, especialistas destacam que a demanda pelo etanol ainda é relativamente baixa em escala global. A grande esperança é que o sucesso do modelo de carros flexíveis, amplamente adotado no Brasil, seja replicado em países como a Índia e outros membros da aliança. Atualmente, o biocombustível representa apenas 4% do setor de transporte em média globalmente.

De acordo com representantes do Brasil e da Índia, a produção de biocombustíveis deve triplicar até 2030 para que o mundo alcance emissões líquidas zero até 2050, conforme estabelecido pela Agência Internacional de Energia. No entanto, esse desafio é acompanhado pelo imperativo de criar uma demanda significativa em regiões onde o uso de biocombustíveis ainda é incipiente. O presidente da União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica), Evandro Gussi, enfatiza que "a demanda existe", mas é necessário "criar uma demanda que muitos países não têm".

Fonte: ClicRBS

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