Nesta semana, em meio à nova onda de calor, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) atualizou suas previsões para a carga de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) em março. As projeções indicam um aumento consistente em relação ao mesmo período do ano passado, refletindo o crescimento contínuo da demanda. Vamos analisar mais de perto o que essas previsões significam para cada região.

Aumento da demanda

Em termos gerais, o ONS prevê um aumento na carga de energia em todos os quatro subsistemas do SIN. No Sudeste/Centro-Oeste, que é o principal centro de consumo de energia do país, espera-se um crescimento de 1,3% em relação à última previsão, representando um aumento significativo de 5,8% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

No Sul, também é esperado um aumento na carga, com um crescimento de 1,6% em relação à previsão anterior e 1,5% em comparação com o ano passado. No Nordeste, a situação é ainda mais otimista, com uma previsão de aumento de 2,6% em relação à semana passada e um notável crescimento de 8,8% em relação a março de 2023.

Na região Norte, embora haja um aumento mais modesto de 0,6% em relação à previsão anterior, a carga ainda deve terminar o mês com um aumento significativo de 8,5% em comparação com o ano anterior, impulsionado principalmente pelo aumento da demanda industrial.

Energia Natural Afluente (ENA)

Além das previsões de carga, o ONS também revisou suas estimativas para a Energia Natural Afluente (ENA), que descreve a quantidade de água disponível para geração de energia hidrelétrica.

No Sudeste/Centro-Oeste, a previsão é de uma afluência de 59% da média histórica, o que representa uma redução em relação à última estimativa. Isso tem um impacto direto nos reservatórios da região, que devem terminar março com cerca de 65,1% de sua capacidade.

No Sul, a situação é mais favorável, com a ENA estimada em 139% da média histórica, resultando em reservatórios com 70% de sua capacidade ao final do mês.

No Nordeste, no entanto, as previsões são menos otimistas, com a ENA estimada em 61% da média histórica, e os reservatórios devem terminar o mês com cerca de 69,7% de sua capacidade.

Finalmente, no Norte, a ENA permanece estável em 82% da média histórica, garantindo reservatórios com 93,3% de sua capacidade ao final de março.

Fonte: ISTOÉ Dinheiro

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