A partir do dia 1º de janeiro, um novo cenário se desenha para mais de 165 mil empresas brasileiras conectadas à alta e média tensão (grupo A), que agora têm a liberdade de escolher seu fornecedor de energia no mercado livre.

O marco representa uma revolução no setor, permitindo que empresas de diversos portes, como pequenas indústrias, padarias, hospitais e shoppings, busquem opções mais vantajosas e flexíveis para suas demandas energéticas.

Esta mudança é resultado da abertura do mercado de energia elétrica, impulsionada pela Portaria 50/2022 do Ministério de Minas e Energia.

A ampliação do Mercado Livre de Energia

Com quase 13 mil consumidores já buscando migrar para o mercado livre, a expectativa é que empresas de porte menor liderem esse movimento.

A regra anterior, que limitava o acesso ao mercado livre a grandes consumidores com demanda superior a 500 quilowatts, deu lugar a uma abertura mais inclusiva. Clientes que gastam já a partir de  R$ 5 mil por mês em energia elétrica e conectados em média tensão pela sua distribuidora (Grupo A), agora têm a oportunidade de escolher seus fornecedores e se beneficiar de um ambiente de contratação mais flexível.

Impactos nas empresas e na economia

Rodrigo Ferreira, presidente da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), prevê que essa transição resultará em eficiência e economia para as empresas.

Ao reduzirem os custos com energia, os empresários terão recursos adicionais para investir em melhorias e expansão, contribuindo para a competitividade e geração de empregos. Com quase 38 mil consumidores no mercado livre em janeiro de 2023, esse número quase quadruplicou, demonstrando o crescente interesse no novo modelo.

Desafios e perspectivas para o futuro

Apesar dos benefícios, a mudança ainda não afeta os consumidores em baixa tensão (Grupo B), como residências e áreas rurais, que continuam no Ambiente de Contratação Regulada (ACR).

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva levantou debates sobre as disparidades de custos, evidenciando a necessidade de discussões abrangentes na sociedade e no Congresso. Entretanto, Rodrigo Ferreira da Abraceel confia no sucesso do mercado livre e no seu papel vital para uma economia mais competitiva e eficiente.

Este novo capítulo na abertura do mercado de energia elétrica promete transformar a forma como as empresas encaram seus custos energéticos, gerando impactos positivos tanto para os empresários quanto para a economia brasileira como um todo.

Fonte: Valor Econômico

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