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12 de fevereiro, 2025
LEITURA DE 3MIN
ONS garante estabilidade do sistema, mas aponta desafios com a geração distribuída
Operador Nacional do Sistema reforça segurança da rede elétrica, mas destaca impactos do crescimento da geração distribuída no Brasil.
O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) afirmou que o sistema elétrico brasileiro opera com segurança e descartou qualquer risco de apagão devido ao crescimento da geração distribuída. A declaração foi divulgada na última segunda-feira (10/2) em resposta a uma matéria do jornal O Globo, que apontava possíveis impactos da geração solar na estabilidade da rede elétrica.
Apesar da garantia de estabilidade, o ONS reconheceu que o crescimento acelerado da geração distribuída e a inversão do fluxo de potência em algumas subestações representam desafios que exigem soluções conjuntas com órgãos como a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o Ministério de Minas e Energia (MME) e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Esses desafios foram detalhados no Plano da Operação Elétrica de Médio Prazo (PAR/PEL), divulgado em dezembro, que alertou para riscos de sobrecarga em transformadores e reforçou a necessidade de investimentos na modernização das redes de distribuição.
Geração distribuída em crescimento
Segundo dados da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), a capacidade instalada desse modelo atingiu 36 GW no país até o final de janeiro. Para 2025, o setor deve registrar um crescimento entre 20% e 25%, impulsionado, principalmente, pela expansão da energia solar fotovoltaica.
A ampliação da geração distribuída exige adaptações na infraestrutura elétrica e novas estratégias para garantir a confiabilidade do sistema.
Adaptação e inovação no setor elétrico
Com a crescente adesão de consumidores ao modelo de geração distribuída, as distribuidoras de energia precisarão assumir um papel mais ativo na gestão do fluxo energético. Além disso, investimentos em digitalização, modernização da rede e políticas regulatórias eficazes serão fundamentais para equilibrar o avanço da geração distribuída com a segurança e a estabilidade do sistema elétrico nacional.
Fonte: Eixos