O Mercado Livre de Energia vem crescendo no Brasil e ganha novos adeptos a cada ano, o que demonstra que esta modalidade de contratação da energia elétrica está se consolidando com o passar do tempo.

Criado em 1998, o Ambiente de Contratação Livre (ACL) tem o objetivo de abrir o mercado energético brasileiro, estimulando a competição por preços menores, capazes de gerar economia efetiva aos consumidores.

As transações ocorridas no ACL, atualmente, correspondem a cerca de 30% de todos os contratos ativos no país e são reguladas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

Por outro lado, embora o tradicional Ambiente de Contratação Regulada ainda corresponda à maioria da energia consumida no país, é também a que conta com mais clientes insatisfeitos. É o que demonstra uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel), por meio do Datafolha.  

O levantamento apontou que 81% dos entrevistados acham suas contas de energia elétrica caras e, portanto, gostariam de poder escolher livremente a empresa fornecedora de energia para diminuir o valor das faturas.

Trata-se da porcentagem mais alta registrada desde que as pesquisas começaram a ser feitas.

Diante deste cenário, neste artigo listamos as principais diferenças entre o Ambiente de Contratação Livre e o Ambiente de Contratação Regulada de Energia Elétrica.

Confira!

Escolha do fornecedor

No Ambiente de Contratação Controlada, o consumidor precisa necessariamente receber energia da distribuidora de sua região, que regulam as tarifas de energia, ao passo que os preços e condições são regulados pelo Governo.

Portanto, não há opção de escolha do fornecedor: é a modalidade denominada mercado cativo ou consumidor cativo.

Já no Ambiente de Contratação Livre, há a liberdade de escolha do fornecedor, o que dá ao consumidor livre o poder de negociação em relação a valores e cláusulas contratuais.

A negociação com diversos fornecedores permite que a melhor opção seja contratada e os preços e condições são negociadas de maneira bilateral.

O custo da energia elétrica

Enquanto no Mercado Cativo o usuário está sujeito às tarifas impostas pela distribuidora local, sem qualquer opção de negociação em relação a este custo, no Mercado Livre a energia pode sair até 30% mais barata.

Uma das grandes vantagens do consumidor livre está na possibilidade de fazer um levantamento de preços entre diversos fornecedores.

A competitividade entre os players do setor pode resultar em condições muito atraentes para o consumidor final, considerando que há uma concorrência pela fatia de mercado.

Deve-se considerar, ainda, a previsibilidade financeira que o Mercado Livre de Energia permite às empresas, já que não há bandeiras tarifárias, como a tarifa vermelha, por exemplo.

Volume da carga contratada

Outro benefício existente na modalidade do consumo livre é a liberdade de se poder contratar a carga de energia sob medida, de acordo com as reais necessidades de sua empresa.

Essa flexibilidade permite a adequação do volume, do preço, do prazo e ainda inclui a previsão de períodos sazonais que demandam maior ou menor consumo de energia elétrica para atender satisfatoriamente à produção.

O consumo cativo, por sua vez, não dá ao consumidor a autonomia necessária para contratar demandas e condições de acordo com o seu perfil específico de consumo. Nesta modalidade, as necessidades individuais não são consideradas.

Sustentabilidade

Para além das vantagens financeiras que se obtêm por meio da negociação dos preços e da ausência de tarifas extras impostas unilateralmente, o Ambiente de Contratação Livre é amigável ao meio ambiente.

Ao migrar para o Mercado Livre, a organização reduz o impacto ambiental gerado por suas operações industriais, na medida em que, neste sistema, há uma priorização de fontes geradoras de energia mais sustentáveis, obtidas a partir de fontes renováveis.

Assim, há uma compensação importante em relação à emissão de poluentes e gases de efeito estufa, que geram desequilíbrios ambientais significativos.

Tal postura gera um ganho relevante também em relação à forma como o mercado consumidor interpreta o seu negócio: a sua empresa melhora a imagem institucional quando se coloca como uma marca sustentável e engajada com as causas ambientais.

Com base nas informações elencadas neste artigo, fica fácil entender quais são as principais diferenças entre o Ambiente de Contratação Regulada e o Ambiente de Contratação Livre de Energia Elétrica.

Importante ressaltar que, para fazer a migração para o Mercado Livre de Energia é preciso ter um consumo mensal alto: a demanda contratada com a distribuidora deve ser a partir de 500 kW, atendida em alta ou média tensão.

Além disso, todo o mercado livre é devidamente regulamentado e, portanto, seguro para ambas as partes que decidem fechar o contrato.

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