O Operador Nacional do Sistema (ONS) anunciou que o país alcançou um novo patamar de demanda de energia no Sistema Interligado Nacional (SIN) de 102.478 MW na última sexta-feira. O recorde, atingido em meio a uma onda de calor, evidencia desafios e oportunidades no cenário energético brasileiro.

Maior demanda se dá pelo aumento de temperatura

Desde novembro de 2023, o SIN tem registrado sucessivos recordes na demanda instantânea de carga, impulsionados principalmente pelas condições climáticas adversas, como ondas de calor persistentes. A previsão é que essa tendência de crescimento se mantenha nos próximos dias, com uma expansão estimada de 5,7% no SIN e variações regionais significativas.

Os últimos três recordes na demanda de energia ilustram essa crescente necessidade energética. Com uma maior  frequência recente  de eventos climáticos extremos, como tempestades e ondas de calor, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) iniciou um plano de ação através de uma espécie de consulta pública no âmbito de sua superintendência com a finalidade de estudar novas regulamentações e protocolos de trabalho visando fortalecer e garantir a resiliência do sistema elétrico nacional.

Medidas propostas

Entre as medidas em análise pela Aneel, destacam-se o aterramento de fiação elétrica, o mapeamento de árvores próximas à rede elétrica e a criação de planos de contingência compartilhados entre as distribuidoras. A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) também está realizando estudos para aumentar a segurança das redes diante de eventos climáticos mais atípicos.

No entanto, especialistas apontam desafios quanto à forma como esses investimentos serão repassados às tarifas de energia, o que levanta questões sobre a acessibilidade e a equidade no acesso à energia elétrica no país.

O recorde de demanda energética reflete não apenas o reflexo da necessidade imediata de suprimento, mas também a atenção sobre investimentos em infraestrutura e tecnologias resilientes diante dos cenários climáticos mais extremos. O desafio agora é garantir que tais investimentos se traduzam em um sistema elétrico sempre robusto e acessível para todos os brasileiros.

Fonte: O Globo

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